O trabalho de manejo e conservação com tartarugas marinhas no Piauí teve início em 2006, quando foram realizados diálogos com a APA Delta do Parnaíba e IBAMA, para levantamento de dados sobre a região e entender melhor o território, posteriormente, realizou-se contato com Fundação TAMAR, para treinamento da equipe.
Em 2012 foi firmada uma parceria com o SESC Piauí para fortalecer os trabalhos de educação e sensibilização ambiental com público escolar e não escolar através do projeto sala ciência.
Em 2014 foi marcada a primeira fêmea em atividade reprodutiva e hoje, monitoramos uma colônia com 78 tartarugas marinhas que desovam nas praias piauienses. Acreditamos que o número de fêmeas seja maior, tendo em vista que, devido à dificuldade financeira, não conseguimos fazer os monitoramentos noturnos para marcação das fêmeas em anos consecutivos.
Em 2019 através da Pesquisa aplicada e com financiamento da Shell Brasil, foi aplicado o 1° transmissor para monitoramento via satélite, na tartaruga-de-couro, espécie criticamente ameaçada de extinção. O resultado da pesquisa apresentou o deslocamento dessa fêmea após desovar no litoral do Piauí, em direção a região do Atlântico Norte, próxima à costa leste do Canadá.
Em 2021 após avaliação dos dados registrados ao longo desses anos, a equipe do Instituto Tartarugas do Delta comemora a proteção e soltura de aproximadamente 80 mil filhotes de tartarugas marinhas (das cinco espécies) liberados no litoral piauiense.
Com esses dados apresentamos a contribuição do Instituto Tartarugas do Delta no trabalho de conservação das tartarugas marinhas, realizado na região da APA Delta do Parnaíba, Litoral Norte do Brasil.
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