Na manhã de quinta-feira (1º), o Instituto Tartarugas do Delta recebeu imagens de um peixe ainda vivo na praia do Coqueiro, município de Luís Correia (PI). A equipe do Instituto, com apoio do biólogo Antônio Carlos Amâncio, teve acesso ao local da ocorrência que recolheu o animal e encaminhou para uma câmara fria, para melhor acondicionamento. Trata-se do registro de um peixe marinho com hábitos oceânicos, conhecido popularmente como peixe-lua-rabudo, peixe-lua ou molas, "Sharptail mola", e anatomicamente chama a atenção pelas características do seu corpo comprimido, mas o seu nome popular se deve ao formato da cauda pontuda em formato de lança, de acordo com a profa. Dra Edna Cunha, UFDPar.
A espécie alcança mais de 3 metros de comprimento e 2 toneladas. Sendo considerado, o maior peso alcançado por um peixe ósseo, além de apresentar alta longevidade podendo viver entre 80 a 100 anos (Liu et al., 2009).
“Posteriormente, o espécime será analisado em laboratório para confirmar a identificação taxonômica e outros estudos para publicação. Este trabalho será realizado em parceria com pesquisadores colaboradores do Curso de Engenharia de Pesca da UFDPar”, relata Werlanne Magalhães, vice-presidente do Instituto Tartarugas do Delta.
Após análise do material biológico foi possível identifica-lo como:

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Tetraodontiformes
Família: Molidae
Gênero: Masturus
Espécie: Masturus lanceolatus (Liénard, 1840)
Os peixes da família Molidae possuem uma distribuição Circunglobal em águas tropicais e temperadas dos Oceanos Pacifico, Indico e Atlântico. São espécies pelágicas habitando as colunas de águas durante todo ciclo de vida, desde a superfície até cerca de 600 metros de profundidade, ocasionalmente podem ser observados na superfície do mar ou próximo à zona costeira (OLIVEIRA-SILVA, 2004; ARAÚJO et al., 2010).
São animais que realizam migrações em duas estações do ano: no verão, do norte até as regiões temperadas e no inverno, para o sul, em busca de águas mais quentes (DEWAR et al.,2010). Há registro de ocorrência da espécie M. lanceolatus no Atlântico Ocidental, da Nova Escócia até o Sudeste do Brasil (ARAÚJO et al., 2010).
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