No último dia 23/07 estivemos reunidos com pescadores para RETOMAR o debate sobre o camurupim (Megalops atlanticus) na APA Delta do Parnaíba. Trata-se de uma espécie de importante interesse econômico que foi inserida na Lista Nacional Oficial de espécies da Fauna ameaçada de extinção de acordo com a PORTARIA MMA Nº 445, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014.
Em 2018 os pescadores tiveram acesso a esta informação (proibição da pesca do camurupim) quando foram iniciados os trabalhos de pesquisa (Etnoconhecimento, Biologia Reprodutiva e coleta de material biológico) do projeto Rotas da Conservação na comunidade da praia da Pedra do Sal, Parnaíba (PI). A partir desse momento, foi iniciado um diálogo entre pesquisa, pesquisadores, pescadores e gestores da unidade sobre a conservação do Camurupim.
Para conhecimento as espécies ameaçadas podem ser classificadas em oito categorias: extinta, extinta na natureza, criticamente em perigo, em perigo, vulnerável, quase ameaçada, pouco preocupante e deficientes em dados.
No caso do camurupim, foi classificado na categoria Vulnerável e de acordo com a Portaria MMA (445/2014), estabelece:
Art. 3º Para as espécies ameaçadas classificadas na categoria Vulnerável (VU) do Anexo I desta Portaria poderá ser permitido o uso sustentável, desde que regulamentado e autorizado pelos órgãos federais competentes e atendendo minimamente alguns critérios.
Nesse contexto, a equipe de gestores da APA Delta do Parnaíba e demais instituições envolvida: Curso de Engenharia de Pesca/UFDPar, Conselho Pastoral dos Pescadores, CIA, Colônia de Pescadores da Ilha Grande Z-7, Associação de Pescadores da Pedra do Sal e das Canárias, Movimentos dos pescadores e pescadoras artesanais do Piauí e o Instituto Tartarugas do Delta, estão elaborando um documento que possa favorecer a pesca sustentável do camurupim na região do Delta do Parnaíba.
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